Humanos Página Principal Fechar
 

Sinopse

"Humanos" é uma surpreendente história de ficção científica em que o terreno conhecido não dura mais que duas páginas.

Começa com uma abdução, aqui na Terra, e logo mergulha em um universo obscuro e inimaginável. Jorge, o protagonista, atravessa esse extraordinário cenário, que agora é seu mundo, tentado encontrar coragem e esperanças para seguir em frente, tentado encontrar algum sentido para sua estranha existência.

O texto é leve e ágil, e a história pode ser lida de forma descompromissada, como se fosse apenas uma aventura para distrair. Mas uma segunda e uma terceira leituras revelam novas simbologias, a saga de Jorge se torna uma alegoria da experiência do homem diante da vida, e cada capítulo torna-se o símbolo de algum aspecto da existência humana. As belíssimas descrições de imagens e cenas tornam o livro poético e dão a impressão de terem sido escritas por quem realmente viveu aquilo.

O final é de tirar o fôlego... e o sono.

Três Leituras:

Em uma primeira leitura, "Humanos" é um história leve e descompromissada, que começa aqui na Terra (quando Jorge, o protagonista, é abduzido por algo não apenas desconhecido, mas incompreensível) e logo mergulha em um universo obscuro e inimaginável. Jorge atravessa sozinho esse extraordinário cenário, que agora é seu mundo, e é obrigado a buscar forças para enfrentar as mais curiosas e apavorantes situações.

Em uma segunda leitura, o leitor percebe que a saga de Jorge é uma metáfora da vida. Quando Jorge é raptado na terra, nada dele se sabe, será velho ou moço? triste ou alegre? bom ou ruim? É como se Jorge ainda não existisse. A nave do ser incompreensível que o raptou é avariada (em uma batalha com outra coisa também incompreensível) e acaba mergulhando nas profundezas de um obscuro oceano de um obscuro planeta. Por ser mais leve que a água, mas já sem qualquer controle, ela começa lentamente a voltar à superfície. É nesse instante que a nave deixa de funcionar, e junto com ela o sistema que mantinha Jorge desacordado. E Jorge desperta no escuro, envolto em um emaranhado de equipamentos mortos, escutando o som de pesadas gotas que caem e sentindo um leve balanço. Isso na verdade é seu nascimento, e o que vem depois é sua vida. Uma vida para a qual ele não estava preparado, e cujo sentido ele próprio precisa buscar.

A terceira leitura, a mais filosófica, parte da ambigüidade da percepção que Jorge tem do mundo à sua volta. Toda a história é narrada através do que Jorge vê, escuta ou sente. Mas será que esse mundo, que ele percebe com seus sentidos, é realmente o mundo que está lá fora. A primeira capa mostra uma árvore (o ser humano) mergulhado em um universo enigmático e incompreensível. Mas a quarta capa mostra a mesma árvore em um meio aconchegante, com terra, raízes e nuvens. O que é o ser humano? Um ser perdido em um universo misterioso e hostil? Ou um ser familiar, mergulhado em um substrato aconchegante?

A resposta a essas perguntas o leitor não encontrará nas páginas do livro, mas a busca por elas deverão acompanhá-lo pelo resto de sua vida.

 

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